Brasília: Metade das estações segue fechada no 6º dia de greve no Metrô do DF

Cartazes anunciam greve na estação do Metrô em Águas Claras (Foto: Gabriel Luiz/G1)

Metade das estações do Metrô seguem fechadas no horário de pico no Distrito Federal nesta segunda-feira (9), quando a paralisação dos servidores completa seis dias (veja lista). Eles protestam contra a suspensão de reajustes salariais que ocorriam de forma escalonada desde 2013. A categoria fez assembleia na última noite e decidiu manter a greve.

Para minimizar os impactos à população, o DER e o Detran decidiram liberar o uso das faixas exclusivas para todos os veículos. A pista usada pelo Expresso DF segue restrita, por questão de “segurança”. Os horários considerados de pico são entre 6h e 9h e entre 17h30 e 20h30. Neste período, 60% dos trens estarão em circulação, o que equivale a 15 veículos.

O Metrô atende diariamente 140 mil pessoas, entre 6h e 23h30 de segunda a sábado e 7h às 19h aos domingos. O Metrô circula nas regiões mais populosas do DF – Ceilândia, Taguatinga e Samambaia. Ele também passa por Águas Claras e Guará. O sistema tem 42,3 quilômetros de extensão. A estação com maior fluxo é a da Rodoviária do Plano Piloto, por onde passam 20 mil pessoas por dia.

Os metroviários pedem ainda a convocação dos aprovados no concurso de 2013, saída de comissionados em excesso, execução dos projetos de modernização do sistema metroviário e revisão e redução do número e valor de contratos de terceirização. A última parcela do reajuste da categoria, que deveria ter sido paga em outubro, era de 8,9%. O salário inicial de um agente de segurança é de R$ 2,9 mil.

Sem aumento
O governador Rodrigo Rollemberg anunciou a suspensão dos reajustes, concedidos de forma escalonada em 2013, alegando não haver dinheiro em caixa para fazer os repasses. A medida integra um pacote, que traz ainda aumento nas tarifas de ônibus e metrô, implantação de um plano de demissão voluntária nas empresas públicas, aumento de impostos e nos valores de entrada do zoológico e dos 13 restaurantes comunitários. O DF tem 141 mil servidores públicos na ativa.

Com a decisão, várias categorias do funcionalismo entraram em greve. O governador chegou a apresentar um plano para pagamento dos reajustes a partir de outubro do ano que vem, que desagradou servidores. Parte só voltou ao trabalho depois de a Justiça decretar os atos ilegais. Médicos, auxiliares e técnicos em enfermagem, agentes do DER, agentes do Detran e professores seguem paralisados.

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